domingo, 27 de setembro de 2009

MAR FLUORESCENTE



















PRAIA DO IMBÉ - RS
ANO: 1949
HISTÓRIA VERÍDICA


Era uma noite linda, meio mágica...
Estávamos sentados ao pé de uma duna:
- eu, com treze anos de idade, meu pai, minha
mãe e minha irmãzinha com seis anos.
Ah!... Aquela paz!... Aquele cheiro de marezia...
Não havia mais ninguém na praia; então, lá no
horizonte do oceano, "ela" surgia, como
emergindo das águas: cheia... linda!... parecia
um enorme queijo curado... O céu estava limpo,
sem nuvens; ela reinava absoluta, magestosa!
Quando atingiu o auge do seu explendor, já
estávamos extasiados com aquele espectáculo,
que jamais esqueceríamos pelo resto de nossas
vidas... Seus raios iluminavam toda a superfície
do mar, que ficou aceso por uma luz azul
fluorescente. Ele estava calmo... as ondas
quebravam na praia com suavidade... fomos
para a beira... com uma varinha que eu sempre
carregava, comecei a riscar na areia. os riscos se
iluminavam... conforme andávamos, por detrás dos
nossos pés, saíam faiscas de luz azul fluorescente.
Meu pai pediu que esperássemos ali e foi correndo
até a nossa casa, para buscar uma vasilha. Trouxe
um pote de vidro fino e transparente, que nós o
enchemos com aquela areia que ficava bem na
superfície. Ao chegarmos em casa, apagamos todas
as luzes. Meu pai ergueu o vidro bem no alto e a peça
onde estávamos, ficou iluminada com aquela luz azul
fluorescente. No dia seguinte, desvendamos o
mistério... Era um bichinho do mar, que possui
luz igual aos vagalumes. Certa época do ano, a
superfície do mar fica coalhada desses bichinhos,
que iluminados pela lua cheia, nos oferece esse
espectáculo inesquecivel...

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