quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

E TOME TROVAS!!!



















E TOME TROVAS!!!

Já vi muito cabra macho
Com medo de um ratinho,
Mas pra não ficar por baixo,
Tenho pavor de pintinho...

Sempre fui mulher guerreira,
Mas não sou feita de aço;
Eu já fiz muita besteira
E assumo o meu descompasso...

Das trovas que eu fazia
E as trovas que eu hoje faço,
Não tem a mesma poesia,
Não são nós do mesmo laço...

Eu tenho minas de ouro,
Pedras preciosas sem jaça;
Mas esse grande tesouro,
Eu dou pra você de graça...

Eu sei pra que serve a fé,
Daqueles que querem crer;
Serve pra manter em pé,
A coragem pra morrer...

Pelas estradas da vida,
Não ande na contramão;
Em cada curva escondida,
Tem perigo e tentação...

Pra mim é tudo sem graça,
Na vida nada me importa;
Sou a fumaça que embaça,
Sou a natureza morta...

No relogio do meu tempo,
Você está atrasado...
Já foste o meu passatempo
Que ficou lá no passado...

Um dia eu te amei tanto,
Que pensei enlouquecer;
Mas descobri, no entanto,
Que era obsessão te querer...

Eu sei que meu tempo é curto,
Que minha alma tem pressa,
Mas de ti eu não me furto,
És tudo que me interessa...

Nada tenho a te ofertar
Na minha vida de agora.
Meu passado eu posso dar,
Aceite como penhora...

Se o meu caminho tem flores
E o teu, somente espinhos,
Eu vou para onde fores,
Não vou te deixar sosinho...

Quando eu morrer, meu querido,
Me faça esse carinho:
- Não quero um caixão florido,
- Quero apenas, meu ursinho...

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