Com banheiro, sala e cozinha.
Nada tinha de valor.
Meu diário era meu tesouro,
Meu companheiro, meu amor...
Com velha chave guardado,
Na gaveta da escrivaninha,
Móvel do tempo passado...
Veio a enchente e levou tudo:
-Meus sonhos, meus segredos,
Minhas alegrias, meus medos,
Minha vida, minha história,
Enfim... Tudo que era meu...
Não restou nada... Só eu...
A velha chave foi encontrada
Sobre uma pedra, largada
Quando o nível d’água caiu...
Mas não adiantou de nada,
Por que a gaveta sumiu...
E, dentro dela, o diário...
Agora já sepultados,
No leito daquele rio...
Greta Marcon
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